quarta-feira, 17 de julho de 2013

Mar

Mar

Tenho aqui que tenho que me lembrar. Tenho que tenho que estou na beira do mar, olhando o movimento das ondas. Pesco e sonho. Os sonhos são meus e não importa alguém se importar. Os sonhos são meus e estou feliz em pensar. E o mar é misterioso, esconde, sobe e desce, não cansa. Não canso do mar. O caniço descansado no calão fincado na areia da praia, os anzóis sem iscas esperam eu acordar e iscar. Tenho que tenho que pescar, tenho que tenho que atirar a chumbada bem ali na morada do peixe dourado do mar. Sonho, mas não conto, hoje não. Há uma brisa leve que passa e pensa nos sonhos levar. E há, entre outras mil coisas, o sol que rebrilha nos anzóis que são de ouro e mistério.
Isco. Tenho que tenho e jogo e lanço com o balanço do meu corpo.
Há pouca gente ali. Caminham, conversam. Sonham? Não importa.
Lanço. Tenho que tenho que esperar. E Sonhar.



Ela Saiu

Ela saiu do apartamento numa terça-feira à tarde. Pensei,  já vai aproveitar a quarta e dar um rolé com as amiguinhas. Me deixou como se dei...